A Ilha de Esopus tornou-se o grande mistério do Vale do Hudson

A Ilha Esopus tem uma longa história que alguns chamariam de ‘perversa’, enquanto outros a consideram ‘esclarecedora’ – eis por que está envolta em mistério.

As primeiras palavras que vêm à mente ao considerar a Ilha de Esopus são isolamento, beleza e feitiçaria. A ilha desabitada fica no meio do rio Hudson, no norte do estado de Nova York. A cidade proeminente mais próxima é Hyde Park, e a atração mais próxima é a Vanderbilt Mansion. A proximidade com a imensa riqueza americana é uma pista potencial para o mistério da Ilha de Esopus, especialmente porque os residentes anteriores da ilha incluíam figuras esotéricas como Aleister Crowley.

Uma história da ilha de Esopus

O nome da ilha significa “pequeno rio” e provavelmente veio da tribo indígena que originalmente habitava as margens do Hudson. Os índios Lenape podem ter usado a ilha para cerimônias religiosas. Na costa leste da Ilha de Esopus, há uma estrutura de pedra feita pelo homem que se assemelha a um megálito. Além do mais, diz-se que um missionário jesuíta foi assassinado na ilha. Isso faria sentido se Esopus fosse considerado algum tipo de massa de terra espiritualmente significativa.

No passado, a forma única da Ilha Esopus foi comparada a uma baleia encalhada e petrificada. Ao sul da ilha fica a Ilha Bolles, uma residência particular pertencente a um membro anônimo da elite. Isso é típico da área, já que as elites de todos os Estados Unidos e do mundo têm preferência por comprar mansões altamente isoladas no norte do estado de Nova York.

Ocultismo na Ilha de Esopus

Em 1918, Aleister Crowley, também conhecido como “O homem mais perverso do mundo”, passou infame 40 dias e 40 noites na Ilha Esopus. Sua escolha de passar 40 dias na ilha foi diretamente inspirada na Bíblia, que afirma que Jesus Cristo passou 40 dias e 40 noites jejuando no deserto e resistindo à tentação de Satanás. No final da provação, Jesus foi atendido por anjos. O período de jejum no deserto funcionava como uma iniciação à santidade.

Crowley, provocador e incompreendido como era, afirmou que também participaria desse ritual de iniciação. A façanha levantou muitas sobrancelhas, mas também atraiu muita atenção e apoio. A Ilha Esopus, que ele soletrou “Oesopus”, é notoriamente árida e rochosa, o que levantou a questão de como Crowley sobreviveria por 40 dias?

Ele alegou, exibindo fé inabalável no esotérico, que os corvos iriam alimentá-lo. Para ocupar sua mente, o autoproclamado profeta traduziu o Tao Te Ching, um texto clássico chinês que foi escrito antes de 400 AC. Quando não estava envolvido em trabalhos acadêmicos pioneiros, Crowley passava seu tempo meditando, rezando e conduzindo rituais. Depois de consumir muitas coisas que hoje seriam mal vistas, ele pintou mantras e pictogramas nas rochas da Ilha de Esopus.

Curiosamente, e de acordo com as tradições nativas de culto aos ancestrais e reencarnação, Crowley afirmou ter experimentado regressões a vidas passadas enquanto estava na Ilha Esopus. De acordo com suas visões, Crowley é uma encarnação de figuras históricas notáveis ​​como Ge Xuan, Papa Alexandre VI, Alessandro Cagliostro e Eliphas Levi. Para quem não conhece, são todos indivíduos associados à religião, espiritualismo, alquimia e magia.

Então, o que há na ilha que impeliu as tribos indígenas a realizar cerimônias espirituais nela, e por que Crowley, que afirmou ter se comunicado regularmente com entidades sobrenaturais, escolheu a Ilha Esopus como cenário para seu ritual bíblico? É quase como se a ilha tivesse a frequência certa de vibrações ocultas que a tornam um ambiente propício para quebrar barreiras dimensionais.

O norte do estado de Nova York não é estranho a esse tipo de magia. Claro, as tribos indígenas sempre tiveram seus rituais, mas mesmo depois da colonização européia, indivíduos altamente desviantes como Aleister Crowley, Anton S. Lavey e L. Ron Hubbard usaram a vastidão do interior do estado de NY, que é altamente propício à privacidade, para explorar os confins do livre-arbítrio.

Antes de ser incorporada ao sistema de parques do estado de Nova York, a Ilha Esopus estava fora do alcance do público. Apenas elites como os Vanderbilts et al. podiam acessar a ilha com seus barcos particulares. Existem rumores infundados e sem fontes sugerindo que membros da elite, incluindo políticos, celebridades e oligarcas, usam sua proximidade e acesso à Ilha Esopus para conduzir cerimônias ocultas altamente secretas.

Como visitar a Ilha de Esopus

Deixando tudo isso de lado, é teoricamente possível que membros do público acampem na Ilha Esopus. No entanto, pode ser difícil ou mesmo impossível chegar lá, pois os visitantes em potencial precisarão ter seu próprio barco, recursos de acampamento e kits de proteção espiritual.

Embora a peregrinação possa parecer um aborrecimento, indivíduos com inclinação para o sobrenatural podem muito bem alcançar um avanço espiritual ou dois enquanto acampam na Ilha Esopus.