Seguro viagem: quanto custa sua tranquilidade fora do Brasil?
Por: Bruna Bozano
Viajar para o exterior é uma das experiências mais enriquecedoras que alguém pode viver. Novas culturas, gastronomias, paisagens e aprendizados fazem cada viagem ser única. Mas para garantir que tudo saia como o planejado — ou que imprevistos não virem grandes problemas — é essencial incluir o seguro viagem na lista de prioridades.
Mais do que uma exigência de alguns países, esse tipo de seguro é uma proteção fundamental para quem quer viajar com tranquilidade, segurança e responsabilidade.
O que é, afinal, o seguro viagem?

Trata-se de um serviço de proteção contratado antes da viagem, que cobre despesas médicas, hospitalares e outros tipos de assistência em território estrangeiro. A cobertura pode incluir desde atendimento médico de urgência até indenização por bagagem extraviada, repatriação sanitária, cancelamento de voos e auxílio jurídico.
Diferente de um plano de saúde internacional, o seguro viagem é mais acessível e tem cobertura limitada ao período da viagem, funcionando em sistema de reembolso ou atendimento direto, a depender do plano e da empresa escolhida.
Em quais países ele é obrigatório?
O seguro viagem é obrigatório para entrar em diversos destinos internacionais, incluindo:
- Países da Europa que fazem parte do Espaço Schengen, como França, Itália, Alemanha, Espanha e Portugal – exigem cobertura mínima de €30 mil para despesas médicas.
- Cuba, Venezuela e Irã – exigem seguro aprovado pelo governo.
- Austrália e Emirados Árabes – recomendam fortemente, embora não exijam formalmente.
Sem o documento, o turista pode ser barrado já no desembarque. Em tempos de maior rigor migratório, como o que a Europa vive atualmente, não vale arriscar.

E se não for obrigatório? Ainda assim vale a pena?
Com certeza. Mesmo em destinos onde não há obrigatoriedade, viajar sem seguro é como dirigir sem cinto de segurança. Uma simples infecção intestinal, uma torção no tornozelo ou uma emergência odontológica podem custar muito caro em países como Estados Unidos ou Japão.
Para se ter uma ideia, uma consulta médica simples nos EUA pode ultrapassar US$200, e uma diária hospitalar pode passar de US$3.000. Já um seguro viagem com cobertura de até US$50 mil pode custar menos de R$30 por dia.
O que o seguro costuma cobrir?
Embora os detalhes variem de acordo com o plano, as coberturas mais comuns incluem:
- Despesas médicas e hospitalares
- Atendimento odontológico de urgência
- Extravio de bagagem
- Cancelamento ou interrupção de viagem
- Assistência jurídica
- Repatriação sanitária e funerária
- Cobertura para COVID-19, em planos atualizados
Alguns seguros ainda oferecem assistência 24h em português, envio de medicamentos, acompanhamento de menores desacompanhados e até apoio psicológico.

Como escolher o seguro ideal?
Antes de contratar, é importante observar alguns pontos:
- Destino e duração da viagem – Países com alto custo médico demandam coberturas maiores.
- Perfil do viajante – Gestantes, idosos ou aventureiros devem buscar planos personalizados.
- Comparar coberturas, não só preços – Um plano barato pode sair caro se tiver cobertura insuficiente.
- Verificar reputação da empresa – Pesquise avaliações e experiências de outros viajantes.
Guarde todos os documentos e contatos da seguradora em formato físico e digital. Em caso de emergência, isso agiliza o atendimento e evita estresse desnecessário.
Planejar é cuidar
Viajar é uma das melhores experiências da vida — e se preparar bem faz toda a diferença. O seguro viagem não é apenas um gasto extra: é uma garantia de que, mesmo longe de casa, você estará amparado.
Seja para um mochilão, um cruzeiro, uma temporada de estudos ou aquela viagem romântica, a regra é clara: não embarque sem seguro.